quarta-feira, 22 de outubro de 2008

a volta dos que ainda estão indo

não vou começar me desculpando... prefiro tentar evitar este clichê embora seja tarde demais quando vocês terminarem de ler esta frase de efeito.
acho que este blog é um limbo onde de vez em quando alguma emoção aspirando um mínimo de sinceridade resolve se manifestar como um exu que bate de frente ("...um exu da hora" como certa vez ouvi da boca de zé celso).
pois é... o exu andava meio sumido... quiça batendo de frente em outras frentes por aí mas resolveu dar o ar da graça e me guiou nesta postagem neste que ainda considero um blog (o meu, é claro...)
então estou subindo um vídeo que resgatei de uma fita vhs-c das antigas... esses lances do passado que brotam do nada e pegam a gente de calças arreadas. postei no youtube também (se alguém estiver lendo isso vejam alguns filmes meus lá... http://br.youtube.com/gusbrandao) mas resolvi "distribuir" aqui no blog também pelo menos com uma boa desculpa pra voltar a mexer nele novamente... mas na real, tudo isso não teria chegado até aqui se uma amiga não tivesse trocado confissões comigo na semana passada admitindo que tmbm mantinha um blog mas que não divulgava... eu insisti pra que ela me mandasse o link prometendo que enviaria o link do meu blog. dessa forma seríamos cúmplices nessa "exposição virtual" de nossas expressões sobre a vida...
aproveito e mando o link do blog dela:
http://christianeperes.wordpress.com/
é isso ae. missão cumprida cris.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

NA HORA DO APERTO

Bom, de volta a este espaço que ainda reluto em classificar como um blog. Mas vamos lá por que no fim das contas alguém sempre acaba lendo e na real acho que é pra elas que acabo escrevendo mesmo… essa vontade louca de ser escutado, entendido, amado… foda, eu sei. Mas “não existe besta que um dia não tenha precisado ser amada” acho que era assim a citação a Shakespeare (Ricardo III ?) que fecha o filme “Expresso para o Inferno”… uma cena absurdamente linda com John Voigt em pé com os braços abertos sobre a locomotiva desgovernada rumando para o abismo… a morte gloriosa. Que puta filme!
Voltando aos dias de hoje, sexta feira encharcada na metrópole, vivo uma calmaria surpresa que me permitiu até, ou melhor, me entusiasmou para voltar a dizer alguma coisa por aqui.
Passada a correria louca com o longa “Plastic City” (esses chineses…) e esperando o cheque compensar na conta do banco lembro que criei este blog na hora do desespero “da inércia dos acontecimentos” e pouco tempo depois as coisas entraram num eixo. Eu me acalmei e entendi que a gente tem muito mais a dizer na tristeza do que na alegria e que na real isso é muito bom porquê “felicidade” é só um átimo… algo que vem só pra te lembrar da insustentável leveza do ser, pra te dizer que a vida real é um buraco muito mais lá embaixo.
Mas como disse um grande amigo e irmão de universo: “Gustavo, enquanto existirem os amigos estaremos a salvo” e esse mantra que venho repetindo ao longo dos anos me alivia quando percebo que na alegria ou na tristeza sempre vou ter algo a dizer… sobretudo a um amigo.
Então amigo, essa é pra você. Te amo.

segunda-feira, 10 de março de 2008

SYMPATHY FOR THE DEVIL

Deu em vários jornais na semana passada a tentaiva frustrada dos Hells Angels em assassinar Mick Jagger em 1969. Diz a história que os Angels pretendiam invadir a casa de Jagger vindos pelo mar mas no meio do camiho foram apanhados por uma puta tempestade que só não tirou suas vidas por um milagre. Depois dessa parece que nunca mais tentaram algo semelhante.
Fiquei imaginando o todo poderoso das trevas vendo tudo de camarote, achando graça na inocência marota dos seus "anjos" e, na hora "h", com um sorriso sacana entre os dentes dizendo: "Esse é meu!".
Bom, cá entre nós: alguém ainda tem dúvidas de que rock and roll de verdade é mesmo coisa do demônio? E que todo roqueiro que se preze tem que ter o seu pézinho no inferno?
Em tempo, a notícia da tentativa de assassinato foi divulgada por um agente do FBI. Alguém aí falou em teoria de conspiração?
Isso sim é que é simpatia para o diabo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

CORREDOR

o tempo persegue a vida
como o gato atrás do rato
mortificado com a certeza
de que em algum momento
não vai ter pra onde fugir
os dias explodem na cara
como bombas rádio relógio
que fazem até os olhos cegos
verem o que está por vir e
relaxarem ao perceberem que
não vai ser nada fácil
as horas vão ficando menores
a cada instante respirado
e mesmo o teu salto alto
anunciando a tua distância
no eco do corredor
faz a gente entender
que viver é a única loucura
em que podemos acreditar

fev. 2008

THRILLER


Semana passada completaran-se 25 anos do lançamento do álbum Thriller, de Michael Jackson. Ler esta notícia no jornal me lançou num flash back instântaneo ao momento em que com o LP nas mãos, vibrando de alegria com o presente dado pela Tia Julieta, uma amiga de minha mãe, eu fui correndo vestir um colete vermelho de nylon para logo em seguida ensaiar os passos mágicos de Michael diante do espelho. Billy Jean estourando na vitrola. A sensação que esse cara passava era algo único... ele me fez acreditar realmente que eu poderia aprender aqueles passos tipo "andando para trás". Tudo o que eu descobri de música negra na minha vida veio depois deste disco e embora nunca tenha aprendido os passos "andando para trás" que me fascinavam consegui guardar o disco durante 25 anos da minha vida. Isso me emociona embora não saiba porquê ao certo... além do mais ver no que esse cara se transformou me faz pensar em como realmente eu também devo estar hoje, quero dizer, no que a gente se trasnforma depois dos anos... não saberia dizer se estou pior ou melhor embora saiba obviamente que mudei. e só... mas as expectativas e os sonhos viram outra coisa 25 anos depois e talvez sobre só um pequeno traço do que fomos se o que sonhamos foi realmente verdadeiro, desejado na sua forma mais pura... sei lá.
De qualquer maneira escrevo este post ao som de Billy Jean só para ter certeza de que este disco, este sim! continua a mesma coisa.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Despedida em Cocconings


Chego ao último final de semana da peça Cocconings. Acho que foi a experiência que mais me aproximou do teatro profissional, digo isso de mim, obviamente, porquê todo mundo do espetáculo é profissa do teatro há um bom tempo já. Enfim, foi muito boa esta temporada de três meses no Ruth Escobar... passei por uma grande galera. Além dos suspeitos de sempre, Gabriel Pinheiro, Marcelo Montenegro (um dos poetas brasileiros contemporâneos mais foda que eu já li) e o graaaaande Walter Figueiredo, vulgo Batata. Cara ponta firmíssima. Homem e ator gentil... fico com saudade dessa galera pensando que não teremos mais as noites dos finais de semana pra sermos aquelas figuras que povoam a mente do Marião Bortolotto. O Marião é bom... pra cacete porra! Interpretar um personagem escrito por ele foi uma responsa boa de assumir... descobrir as nuances, mergulhar nas referências. Du caralho! Teve ainda a Fabi, a Samya, a Mari... mulheres e atrizes incríveis... lindas. O Robocop, ator, operador se som e luz e professor de geografia. Grande parceiro de cena... sempre enchendo o saco. Figuraça... valeu Alessandro "Robocop" Bartel... ou "robots", a forma carinhosa que inventei de chamar esse cara pra mim.
Todo esse bá blá emocional pra divulgar o último final de semana da peça e servir de desculpa pra eu, de uma vez por todas, botar este blog no ar.
Valeu meu povo! Até a próxima...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

MATAR OU MORRER

Acordo nesta terça com a sensação de que as mudanças estão sendo lentas... as perspectivas se apresentam mas minha paciência é preguiçosa demais pra me deixar em paz. Então "pinduro" mais um café com pão de queijo e vejo a conta do Café Floresta crescer mais uns digitozinhos. Foda-se: "devo não nego, pago quando puder" reza o dito não é mesmo? Além do que juntando-se ao café tem também a locadora onde nem dou mais as caras... estou a dois meses sem locar filmes, e tem também os amigos credores, embora esses não tenhamos tanta pressa em pagar.
Domingo, saindo para o espetáculo, intencionei tomar um café curto e "pindurar" com a desculpa de acertar tudo na semana mas ao me aproximar do lugar vislumbrei de rabo de olho o dono da locadora tomando o seu café do outro lado do balcão (pra quem não sabe, a locadora fica na galeria do edifício onde moro). Porra, não tive a manha de parar e pedir um cafézinho fiado com um credor olhando pra minha cara do outro lado do balcão... passei reto sabendo que ele tinha me visto. Que situação...
O que faz um homem sem grana? Ou ele mata ou ele morre, não é isso? Pois é... resolvi fazer este blog porquê escrevendo talvez eu vá matando. Aos poucos...